Não adianta procurar no mapa. França Pinto não é um país.  É o nome de uma rua na Vila Mariana. Na altura do número 55, existe um ponto de táxi que tem a sua própria bandeira. Por causa do nome da rua, o estandarte traz a imagem de  um pintinho  sobre a bandeira da França.

françapinto

Quem teve a ideia foi o taxista Evaldo Vieira Cuenca. Quando adquiriu seu primeiro táxi, 13 anos atrás, ele não era associado a nenhum ponto e decidiu se fixar à França Pinto. “Só era permitido parar com Zona Azul, mas pagávamos e permanecíamos”, conta o motorista. Depois de cinco anos no local, Cuenca conseguiu autorização da prefeitura para estabelecer um ponto na região.

Foi então que o taxista decidiu se diferenciar dos outros. “Percebi que todo cartão de ponto de táxi é igual: tem a foto de um carro, nome e um telefone”, diz. “Queria que meu ponto chamasse a atenção de quem passasse”. A ideia de usar a bandeira da França foi imediata. Cuenca pediu ajuda a uma conhecida que entendia de computadores e sobrepôs a imagem de um pintinho à parte branca da flâmula.

Além do símbolo exposto na esquina, os quatro taxistas associados a Evaldo levam cartões e um adesivo de identificação. No vidro traseiro dos carros, fica a imagem de um ovo branco e um pintinho, além do endereço e o telefone do ponto.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, Dom Galdino Cocchiaro, Cuenca não deveria ter usado a bandeira da França como ela é. “Ele poderia ter usado as mesmas cores, mas com proporções diferentes”, afirma Cocchiaro. “Desta maneira, ele pode arranjar problemas com cidadãos franceses que se sentirem ofendidos.”

Serviço:
5549-5748