O pianista, regente, arranjador e compositor Nelson Ayres já se apresentou inúmeras vezes no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, destruído por um incêndio no dia 29 de novembro. As mais recentes aconteceram em 28 e 29 de setembro na 4º edição da Mostra Tom Jobim. Na terça-feira passada, dia 3, Ayres escreveu um pequeno – mas contundente – texto sobre a reconstrução do espaço em sua página no Facebook.
“À tristeza de vermos o Auditório Simon Bolivar destruído pela incúria do poder público, juntamos as promessas desse mesmo poder de que o mesmo será brevemente reconstruído. Se isso for verdade, cabe um alerta: não tem sentido reconstruir o Auditório conforme seu projeto original. Deixando de lado o aspecto estético, em termos de acessabilidade, de acústica, de equipamento, de funcionalidade, o Auditório é uma cartilha de tudo o que não se deve fazer ao projetar um teatro.
Niemeyer sempre foi mais preocupado com o “espetáculo da arquitetura”, como ele mesmo dizia, do que com a utilização do espaço. Isso fica patente no projeto do Memorial como um todo. Seria um crime dispender dinheiro público na obra sem sanar as inúmeras deficiências do projeto. E São Paulo sem dúvida tem arquitetos mais do que capacitados para isso.
Este é também o momento de reavivar uma questão que nenhum governador teve coragem de encarar. O que o povo de São Paulo merece: um Parque Memorial ou um deserto de cimento que serve somente à egolatria de Oscar Niemeyer?”
Cada um dos citados na reportagem é mestre na sua área,e o maestro Nelson Ayres com certeza sabe o que está falando.
Com certeza em um auditório feito para música ao vivo,o cuidado com a acústica é fundamental.
Cada um dos citados na reportagem é mestre na sua área,e o maestro Nelson Ayres com certeza sabe o que está falando.
Com certeza em um auditório feito para música ao vivo,o cuidado com a acústica é fundamental.
Concordo do o Maestro Nelson Ayres!!!
Trabalhei os primeiros 5 anos no Memorial no som pela Transasom.
Eu sei de todas dificuldades de acustica que o teatro tinha.
Muito bonito de arquitetura mas para espetáculos… péssimo em todos os sentidos.
Só tinha beleza e pompa.. agpra fazer de novo o mesmo projeto seria uma burrice.
Então faça um grande jardim que é mais barato e mais proveitoso!!!
Concordo do o Maestro Nelson Ayres!!!
Trabalhei os primeiros 5 anos no Memorial no som pela Transasom.
Eu sei de todas dificuldades de acustica que o teatro tinha.
Muito bonito de arquitetura mas para espetáculos… péssimo em todos os sentidos.
Só tinha beleza e pompa.. agpra fazer de novo o mesmo projeto seria uma burrice.
Então faça um grande jardim que é mais barato e mais proveitoso!!!
100% DE ACORDO COM NELSON AYRES.
100% DE ACORDO COM NELSON AYRES.
Trata-se de uma crítica inócua e equivocada ao maior arquiteto de todos os tempos, que diferente de outros grandes arquitetos, realizou ao longo de sua carreira o maior e mais autoral conjunto de obras-públicas até aqui. Se o conjunto arquitetônico de equipamentos públicos Memorial da América Latina é como se lê m e m o r i a l , diferente do conjunto arquitetônico de equipamentos públicos Parque do Ibirapuera é como se lê p a r q u e, torna-se auto-explicativo a diferença de concepção arquitetônica dum e doutro projeto, ambos vencedores de concorrência pública, aliás dispensável por Lei, por se tratar de profissional de inequívoca competência e saber. Ao contrário do que escreveu Nelson Ayres sobre o projeto do Auditório Simon Bolívar, como o Auditório Oscar Niemeyer (Auditório Ibirapuera) têm em comum versatilidade de multiusos teatro, música, cinema… o primeiro permite usar conjuntamente ou isoladamente as plateias A e B e, o segundo conjuntamente ou isoladamente plateias interna e externa, comum ainda a inovação, beleza plástica, conforto espacial. ocorre que essas produções de som contratadas para shows musicais usam equipamentos inadequados àquela arquitetura – empilhamento vertical de caixas acústicas no palco para projeção de som às plateias que se elevam em em ângulos (proporcionam ótima visão do palco) em relação ao palco; daí que é necessário um projeto de engenharia de som adequado e específico à arquitetura do auditório. Egolatria penso, que não era uma característica de Oscar Niemeyer, ao contrário um homem de enorme carisma e simplicidade, para quem teve o prazer de acompanhar e entender sua genialidade!
Trata-se de uma crítica inócua e equivocada ao maior arquiteto de todos os tempos, que diferente de outros grandes arquitetos, realizou ao longo de sua carreira o maior e mais autoral conjunto de obras-públicas até aqui. Se o conjunto arquitetônico de equipamentos públicos Memorial da América Latina é como se lê m e m o r i a l , diferente do conjunto arquitetônico de equipamentos públicos Parque do Ibirapuera é como se lê p a r q u e, torna-se auto-explicativo a diferença de concepção arquitetônica dum e doutro projeto, ambos vencedores de concorrência pública, aliás dispensável por Lei, por se tratar de profissional de inequívoca competência e saber. Ao contrário do que escreveu Nelson Ayres sobre o projeto do Auditório Simon Bolívar, como o Auditório Oscar Niemeyer (Auditório Ibirapuera) têm em comum versatilidade de multiusos teatro, música, cinema… o primeiro permite usar conjuntamente ou isoladamente as plateias A e B e, o segundo conjuntamente ou isoladamente plateias interna e externa, comum ainda a inovação, beleza plástica, conforto espacial. ocorre que essas produções de som contratadas para shows musicais usam equipamentos inadequados àquela arquitetura – empilhamento vertical de caixas acústicas no palco para projeção de som às plateias que se elevam em em ângulos (proporcionam ótima visão do palco) em relação ao palco; daí que é necessário um projeto de engenharia de som adequado e específico à arquitetura do auditório. Egolatria penso, que não era uma característica de Oscar Niemeyer, ao contrário um homem de enorme carisma e simplicidade, para quem teve o prazer de acompanhar e entender sua genialidade!
A meu ver, um auditório concebido para apresentações musicais, deveria ter função de atender a este propósito antes de qualquer outro. Por isso a acústica deveria ser a principal preocupação do projeto. Dizer que a beleza também é uma função parece-me ser uma distorção do conceito de funcionalidade e da finalidade social do projeto.
A meu ver, um auditório concebido para apresentações musicais, deveria ter função de atender a este propósito antes de qualquer outro. Por isso a acústica deveria ser a principal preocupação do projeto. Dizer que a beleza também é uma função parece-me ser uma distorção do conceito de funcionalidade e da finalidade social do projeto.
O Oscar Niemeyer dominava a proporção áurea, privilegio de poucos gênios da humanidade. A gente entra numa obra dele num estado e sai em outro mais elevado. Problemas acústicos perante tamanha genialidade é absolutamente irrelevante. Basta apenas contratara a melhor empresa do mundo de resolução acústica, se for o caso, que mereça estar a altura do projeto arquitetônico. Quem pudera senhor Nelson, ter o reconhecimento planetário que o Oscar tem. Poder criar um estilo absolutamente próprio e único, só grandes artistas. A suposta “egolatria” de uns é a inveja de muitos.
Dona Marta deve ser dessas que só ouvem música num radinho de pilha, nunca numa sala de concertos como a Sala São Paulo ou o Concertgebow na Holanda.
O Oscar Niemeyer dominava a proporção áurea, privilegio de poucos gênios da humanidade. A gente entra numa obra dele num estado e sai em outro mais elevado. Problemas acústicos perante tamanha genialidade é absolutamente irrelevante. Basta apenas contratara a melhor empresa do mundo de resolução acústica, se for o caso, que mereça estar a altura do projeto arquitetônico. Quem pudera senhor Nelson, ter o reconhecimento planetário que o Oscar tem. Poder criar um estilo absolutamente próprio e único, só grandes artistas. A suposta “egolatria” de uns é a inveja de muitos.
Dona Marta deve ser dessas que só ouvem música num radinho de pilha, nunca numa sala de concertos como a Sala São Paulo ou o Concertgebow na Holanda.
À parte a grande genialidade e inovação estética do mais famoso arquiteto brasileiro, é notório que Niemeyer sempre privilegiou a estética, relegando a 2o plano a funcionalidade de suas obras. E talvez essa liberdade de concepção até tenha ajudado em seu sucesso.
Mas sem nenhuma dúvida, a acústica no auditório do Memorial da América Latina sempre foi extremamente deficiente, não apenas nas apresentações amplificadas, mas principalmente nos concertos acústicos. Entendo perfeitamente o que o Sr. Nelson Ayres, um músico de primeira grandeza de nosso país, quis dizer: que ao reformar esse auditório, deve-se corrigir os graves problemas acústicos, sob risco de se gastar uma fortuna para novamente termos um teatro ruim, o que seria um total descaso com o dinheiro público, assim como para o próprio público do Memorial. Como diz o ditado: “Errar é humano, mas insistir no erro é estupidez”. Acredito ser viável manter a estética original de Niemeyer na parte externa do teatro, mas na parte interna certamente devem ser feitas correções, e para citar apenas um dos itens a serem alterados: esse anfiteatro era totalmente revestido com carpete, o que absorvia praticamente toda a reverberação natural e diminuía consideravelmente a projeção do som. E esse mesmo problema acontece na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional de Brasília, também projetado por Niemeyer. A grande maioria das boas salas de concerto do mundo utiliza revestimentos de madeira, ou uma combinação de diversos materiais com esse intuito. Felizmente esse problema já foi melhorado no Teatro do Ibirapuera. Talvez porque Niemeyer tenha aprendido com os erros anteriores. Então por que não corrigir isso na reforma?
A beleza de qualquer teatro também conta, logicamente, mas da mesma forma que num quadro a tela é muito mais importante que a moldura, não devemos nos esquecer que a acústica, juntamente com uma boa visibilidade, são os itens mais importantes de qualquer teatro/anfiteatro.
À parte a grande genialidade e inovação estética do mais famoso arquiteto brasileiro, é notório que Niemeyer sempre privilegiou a estética, relegando a 2o plano a funcionalidade de suas obras. E talvez essa liberdade de concepção até tenha ajudado em seu sucesso.
Mas sem nenhuma dúvida, a acústica no auditório do Memorial da América Latina sempre foi extremamente deficiente, não apenas nas apresentações amplificadas, mas principalmente nos concertos acústicos. Entendo perfeitamente o que o Sr. Nelson Ayres, um músico de primeira grandeza de nosso país, quis dizer: que ao reformar esse auditório, deve-se corrigir os graves problemas acústicos, sob risco de se gastar uma fortuna para novamente termos um teatro ruim, o que seria um total descaso com o dinheiro público, assim como para o próprio público do Memorial. Como diz o ditado: “Errar é humano, mas insistir no erro é estupidez”. Acredito ser viável manter a estética original de Niemeyer na parte externa do teatro, mas na parte interna certamente devem ser feitas correções, e para citar apenas um dos itens a serem alterados: esse anfiteatro era totalmente revestido com carpete, o que absorvia praticamente toda a reverberação natural e diminuía consideravelmente a projeção do som. E esse mesmo problema acontece na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional de Brasília, também projetado por Niemeyer. A grande maioria das boas salas de concerto do mundo utiliza revestimentos de madeira, ou uma combinação de diversos materiais com esse intuito. Felizmente esse problema já foi melhorado no Teatro do Ibirapuera. Talvez porque Niemeyer tenha aprendido com os erros anteriores. Então por que não corrigir isso na reforma?
A beleza de qualquer teatro também conta, logicamente, mas da mesma forma que num quadro a tela é muito mais importante que a moldura, não devemos nos esquecer que a acústica, juntamente com uma boa visibilidade, são os itens mais importantes de qualquer teatro/anfiteatro.