“O pessoal do bairro está falando que esta aqui agora é a Rua dos Benditos”, brinca Cauê Farias Fantone, de 25 anos, referindo-se à Demétrio Ribeiro, no Tatuapé. Em 2011, a mãe dele, Cátia Farias, abriu a Bendito Quindim, especializada em quindins gourmets. Será ali também que Cauê irá inaugurar a rotisseria Bendito Braseiro, no número 575, a menos de 50 metros da doceria. “Não existe uma data prevista para a inauguração”, diz Cauê. “Estamos nos esforçando para abrir no próximo dia 26”. A data marca os três anos de funcionamento da Bendito Quindim e também os aniversários de Cátia e do sogro dele, Osvaldo Martines, que é sócio no novo empreendimento da família.

A rotisseria tem 40 metros quadrados, contra os 17 metros quadrados da Bendito Quindim. “Eram duas casas”, conta Cauê. “Quebramos a parede que separava os imóveis e montamos, depois do salão, a cozinha e um escritório”. Inicialmente, o negócio funcionará apenas aos sábados e domingos. “Com o tempo, abriremos todos os dias da semana”, diz Cauê.

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O slogan “O prazer da comida caseira” irá acompanhar o nome da rotisseria

Foi ele quem sugeriu o nome do lugar, que é inspirado numa churrasqueira de 1,80 m de comprimento por 80 cm de altura, construída especialmente para a rotisseria. “Vamos focar inicialmente nas carnes”, explica Cauê. “A churrasqueira será o coração da casa”. Haverá também uma máquina de assar frangos. De acompanhamentos, a Bendito Braseiro venderá maionese, dois ou três tipos de arroz e nhoque de batata (uma das especialidades de Cátia).

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Cauê nas futuras instalações do Bendito Braseiro

A ligação da família Farias Fantone com a gastronomia é curiosa. No final de 2008, as empresas de Ricardo, pai de Cauê e Lucas, o caçula de 23 anos, faliram. Na época, Cauê cursava o primeiro ano de Aviação. Ele trancou a faculdade e a mãe começou a vender doces e salgados como nova fonte de renda. Em 2011, os quindins de Cátia viraram uma sensação. Uma segunda loja chegou a ser aberta, na Vila Olímpia, mas fechou na última segunda-feira. “Queremos concentrar nossa força num só lugar”, justifica Cauê. “Os clientes mais antigos vivem pedindo para voltarmos com os salgados”, explica. “A rotisseria vai por esse caminho”.

Para encarar o novo negócio, Cauê fez dois cursos de Gastronomia no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). O primeiro, em 2012, tratou de confeitaria. O segundo, específico em carnes, foi concluído em março deste ano. “Estudei cortes, temperos e modos de preparo com o chef Marcos Hama”, resume. “Apesar dos cursos, minha maior professora é minha mãe. Praticamente tudo o que aprendi foi compartilhando o fogão com ela”.
Atualização: o Bendito Braseiro fechou as portas em fevereiro de 2015.