Lembra delas? Há um ano, em 11 de junho de 2010, acontecia a cerimônia de abertura da Copa do Mundo da África do Sul. Além de ser o primeiro mundial no continente africano, o torneio ficou marcado pela entrada de uma nova palavra no vocabulário futebolístico: vuvuzela. No Brasil, elas também viraram mania rapidamente. A maior fabricante do barulhento instrumento no país é a Brasilflex, que teve até que recusar pedidos, tamanha era a demanda. “Recebemos propostas até da África do Sul, mas não pudemos atender”, afirma a diretora Eliana Mason.
A empresa, que fica no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo, foi fundada em 1975 para produzir artigos de festa. Já fazia vuvuzelas há 16 anos, quando elas ainda eram chamadas de “cornetões”. “Começamos a produzi-las para o Carnaval e vimos que era vantajoso vendê-las em verde e amarelo em época de Copa”, diz Eliana. Hoje, a fábrica tem 89 modelos de cornetas. Existe uma diferença entre os modelos brasileiros e africanos. Os produzidos aqui têm um apito interno para facilitar o uso, enquanto os da África do Sul precisam de um pouco de técnica para fazer barulho. “Muita criança não consegue tirar sons da vuvuzela comum”, explica.
Durante a Copa do Mundo, a Fifa chegou a cogitar a proibição dos cornetões em estádios. Vuvuzelas foram proibidas em shoppings e restaurantes da África do Sul. Com medo de uma invasão nos campeonatos europeus, a UEFA deu a ordem que elas não poderiam entrar nos estádios. Eliana acha que, em torcidas pequenas, a vuvuzela não atrapalha. “É uma maneira saudável de festejar”, diz. “Além disso, eu já ouço esse som há anos”.
Um ano depois da Copa, enquanto discutimos calorosamente como vai ser o evento no Brasil, Eliana decidiu não fazer mais vuvuzelas nas cores do país – a menos que sejam encomendadas. Os modelos com maior aceitação são os usados para Carnaval, festas de debutantes e formaturas.
(Com colaboração de Míriam Castro.)
mais que fim teve?
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