“É para uso comercial ou pessoal?”, dispara o segurança do Parque do Povo, no Itaim Bibi, sempre que vê alguém fotografando pássaros, árvores ou flores com uma câmera um pouco mais incrementada. Os funcionários da vigilância do local são orientados a alertar o público a respeito de uma lei que proíbe a reprodução de imagens feitas em parques da cidade. “Disseram-me que eu poderia ser processada se postasse a foto nas redes sociais”, conta a jornalista Simone Sartori, que foi abordada pelos seguranças do Parque do Povo enquanto fazia a foto publicada aqui abaixo. “Não adianta nem discutir com esses fiscais – eles não deixam mesmo”, confirma o ornitólogo Dalgas Frisch, 83 anos, que observa e fotografa pássaros desde os anos 50. “O jeito é fingir estar tirando foto de alguém, e não da natureza”.
Segundo o Decreto n. 53.657, assinado pelo então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab em 21 de dezembro de 2012, é cobrada uma taxa pública quando a produção de foto e filmagens dentro dos parques municipais tem finalidade comercial. O período de 6 horas custa de 550 (diurno) a 1.100 reais (noturno). No Parque do Ibirapuera, a taxa praticamente dobra: vai de 1.000 a 2.000 reais. “O valor é liberado para produções pessoais, como sessões de fotos e trabalhos acadêmicos”, garante a assessoria de imprensa do parque. Os interessados devem requerer uma autorização da administração do parque para realizar esse tipo de ensaio. Basta preencher uma ficha e assinar um termo se comprometendo a não comercializar o produto. Quanto à realização de fotografias amadoras, a assessoria de imprensa da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) esclarece que sua realização pelos usuários dos parques públicos municipais é plenamente autorizada.
Em entrevista ao São Paulo para Curiosos, Meire Jane Matos, funcionária da administração do Parque do Povo, declarou que os fiscais do local não proíbem as pessoas de tirar fotografias. “Eles apenas orientam os usuários quanto à lei que exige autorização para a realização de filmagem e foto profissional”. Segundo ela, os usuários são abordados quando se percebe a utilização de equipamento profissional. A preocupação é que o parque seja autuado pela irregularidade. “Quanto a fotos amadoras para postar em redes sociais, estão plenamente liberadas”, garante. “Inclusive com o uso de câmeras consideradas profissionais”.
Marcelo, acho que vale a pena ler esse artigo:
http://www.fotografia-dg.com/o-direito-fotografar/
Abraço,
Marcel Ribeiro
Marcelo, acho que vale a pena ler esse artigo:
http://www.fotografia-dg.com/o-direito-fotografar/
Abraço,
Marcel Ribeiro
Prezado Marcelo, obrigada por dar esse espaço para falar da fotografia de natureza em locais públicos. Sou birdwatcher e fotógrafa amadora de aves há mais de 5 anos. Eu e meus colegas volta e meia passamos por essa situação que aconteceu com a Simone Sartori.
Vemos que a orientação de que a fotografia comercial requer autorização e pagamento de taxa faz com que pessoas com câmeras maiores do que compactas sejam abordadas. Às vezes de forma gentil, às vezes de forma rude, depende do funcionário. Tem lugares em que basta explicar “é hobby, não tem fim comercial”, em outros chegam a dizer “mas esse equipamento é profissional, e sua dedicação e jeito de fotografar é de profissional” – que equivale a dizer “você é um mentiroso tentando enganar o parque”.
A divisão entre equipamento profissional e amador é cada mais tênue. Um fotógrafo profissional pode tirar uma super foto com celular, um amador pode ter um equipamento caro e só usar para hobby. Mas nos parques, muitas vezes vale a regra do tamanho da câmera, e a gente sempre sofre, porque pra fotografar aves precisamos de lentes grandes, tripés. É sempre uma discriminação pelo tamanho da câmera.
Infelizmente o ocorrido com a Simone é comum, mas temos lutado para tentar esclarecer os gestores dos parques. No Rio de Janeiro, em Porto Alegre, Belo Horizonte, muitos parques sabem que observadores de aves são aliados na conservação da natureza, e esse público é bem-vindo. Em São Paulo a gente engatinha e às vezes retrocede. O Botânico tinha um bom modelo: assinar um terno na portaria dizendo que as fotos não tinham fins comerciais. Um tempo atrás proibiram o tripé – porque alguém de lá acredita que só profissional usa tripé. Fizemos reunião com eles, prometeram rever. Hoje soube que o Parque Ecológico do Tietê proibiu um colega de fotografar no fim de semana – com certeza baseado no tamanho da câmera, disse que precisa de autorização prévia.
Mas vamos engatinhando.
Obrigada, abraço,
Claudia Komesu
Prezado Marcelo, obrigada por dar esse espaço para falar da fotografia de natureza em locais públicos. Sou birdwatcher e fotógrafa amadora de aves há mais de 5 anos. Eu e meus colegas volta e meia passamos por essa situação que aconteceu com a Simone Sartori.
Vemos que a orientação de que a fotografia comercial requer autorização e pagamento de taxa faz com que pessoas com câmeras maiores do que compactas sejam abordadas. Às vezes de forma gentil, às vezes de forma rude, depende do funcionário. Tem lugares em que basta explicar “é hobby, não tem fim comercial”, em outros chegam a dizer “mas esse equipamento é profissional, e sua dedicação e jeito de fotografar é de profissional” – que equivale a dizer “você é um mentiroso tentando enganar o parque”.
A divisão entre equipamento profissional e amador é cada mais tênue. Um fotógrafo profissional pode tirar uma super foto com celular, um amador pode ter um equipamento caro e só usar para hobby. Mas nos parques, muitas vezes vale a regra do tamanho da câmera, e a gente sempre sofre, porque pra fotografar aves precisamos de lentes grandes, tripés. É sempre uma discriminação pelo tamanho da câmera.
Infelizmente o ocorrido com a Simone é comum, mas temos lutado para tentar esclarecer os gestores dos parques. No Rio de Janeiro, em Porto Alegre, Belo Horizonte, muitos parques sabem que observadores de aves são aliados na conservação da natureza, e esse público é bem-vindo. Em São Paulo a gente engatinha e às vezes retrocede. O Botânico tinha um bom modelo: assinar um terno na portaria dizendo que as fotos não tinham fins comerciais. Um tempo atrás proibiram o tripé – porque alguém de lá acredita que só profissional usa tripé. Fizemos reunião com eles, prometeram rever. Hoje soube que o Parque Ecológico do Tietê proibiu um colega de fotografar no fim de semana – com certeza baseado no tamanho da câmera, disse que precisa de autorização prévia.
Mas vamos engatinhando.
Obrigada, abraço,
Claudia Komesu
ola, também passo por esse problema sempre, fui hoje fotografar umas entrada de caverna, aqui perto onde moro, e fui abordado, eles realmente não querem saber pra que uso é e sim o tamanho do equipamento, e nem sempre eles estão no local para te fornecer a autorização, e quando estão são grosseiros.
ola, também passo por esse problema sempre, fui hoje fotografar umas entrada de caverna, aqui perto onde moro, e fui abordado, eles realmente não querem saber pra que uso é e sim o tamanho do equipamento, e nem sempre eles estão no local para te fornecer a autorização, e quando estão são grosseiros.
Estive hoje no Parque da Luz-SP e fui abordada pelo segurança dizendo que eu não poderia fotografar por não ter uma autorização da SVMA. Estava realizando fotos por hobby sem intenção alguma de colocar na mídia um lírio alaranjado. Estou aprendendo a mexer no equipamento portanto neste parque eu tinha ao meu redor centenas de elementos e luzes para aprender a manipular a máquina e fui impedida.
Liguei na SVMA e perguntaram se era trabalho acadêmico, que eu precisava de uma autorização da escola, etc,etc.
Amanhã sairei as ruas do meu bairro e vou fotografar aquilo que realmente incomoda não só a mim como a todos os paulistanos, sujeira, buracos nas ruas e calçadas, fachadas pichadas, pessoas jogadas na rua, nosso patrimônio sendo destruído…pronto, falei!
Estive hoje no Parque da Luz-SP e fui abordada pelo segurança dizendo que eu não poderia fotografar por não ter uma autorização da SVMA. Estava realizando fotos por hobby sem intenção alguma de colocar na mídia um lírio alaranjado. Estou aprendendo a mexer no equipamento portanto neste parque eu tinha ao meu redor centenas de elementos e luzes para aprender a manipular a máquina e fui impedida.
Liguei na SVMA e perguntaram se era trabalho acadêmico, que eu precisava de uma autorização da escola, etc,etc.
Amanhã sairei as ruas do meu bairro e vou fotografar aquilo que realmente incomoda não só a mim como a todos os paulistanos, sujeira, buracos nas ruas e calçadas, fachadas pichadas, pessoas jogadas na rua, nosso patrimônio sendo destruído…pronto, falei!