As novas regras ortográficas da Língua Portuguesa só serão obrigatórias a partir de janeiro de 2013. Mesmo faltando um semestre, é possível que, até lá, grande parte das placas de trânsito de São Paulo continue com a grafia errada.
Uma das mudanças vindas com o acordo ortográfico – que é de 1990, mas só começou a ser implantado em 2009 – refere-se à acentuação de ditongos abertos das palavras paroxítonas. Locais como Pompeia, Coreia e Crimeia não têm mais acento no nome. Da mesma maneira, a palavra “assembleia” perde o sinal gráfico. Mas é comum encontrar pela cidade placas que ainda têm a forma antiga. Entre elas, havia uma na altura do número 236 da Avenida Brasil, no sentido Ibirapuera. Ela indicava “Assembléia Legislativa”.
O Blog do Curiocidade entrou em contato com a assessoria de imprensa da CET, órgão responsável pela manutenção das placas, para saber se havia intenção de trocar os sinais e adequá-los às novas regras. A assessoria respondeu: “A política da CET é só alterar as placas de sinalização quando elas forem danificadas ou se tornarem ilegíveis”. Na prática, isso significa que a troca pode demorar anos.
Só que, num comunicado enviado por e-mail logo depois, a assessoria da CET informou que a placa da Avenida Brasil – justamente a fotografada pelo blog – foi trocada por uma nova na última quinta-feira (28/6).
Interessante esta questão das placas. Sempre me pergunto quem resolve mudar a grafia dos nomes das ruas e bairros. Antigamente, Guaianazes escrevia-se assim, com z. tal como Perdizes. Agora, virou Guaianases, sem nenhuma explicação. Assim como o Paiçandu virou Paissandu e a Rua Turiaçu virou Turiassú. Me parece que se tratam de erros ortográficos, não sei se o que era erro virou correto com a nova ortografia ou se foi uma decisão de algum político iletrado de ‘corrigir’ os nomes antigos.