A Portuguesa de Desportos está completando 94 anos hoje. Boa parte de sua história está contada no pequeno memorial do clube, que foi inaugurado em 14 de junho de 1992, por iniciativa do médico Eduardo de Campos Rosmaninho. O memorial funciona apenas aos sábados, das 11h às 14h, com entrada gratuita. Uma das recentes descobertas da equipe de pesquisadores foi que o argentino René Pontoni, campeão nacional pelo San Lorenzo em 1946, atuou pela equipe do Canindé em 1952 e 1953. Ao receber jogadores das seleções da Itália e da Argentina, o Papa Francisco, torcedor fanático do San Lorenzo de Almagro, da Argentina, colocou Pontoni como seu maior ídolo no futebol. O atacante disputou um total de 98 partidas e marcou 66 gols em sua primeira passagem pelo clube, entre 1945 e 1948. De acordo com Everton Calício, historiador do clube, a contratação de Pontoni fazia parte dos planos da diretoria da Lusa em reforçar com atletas estrangeiros um elenco que já contava com nomes do nível de Djalma Santos, Julinho, Pinga e Nininho. Pontoni teve uma séria lesão que o deixou afastado do futebol por um ano. Ele chegou a São Paulo depois de três temporadas na Colômbia. No Canindé, ele jogou 17 partidas e marcou apenas 5 gols. Foi difícil encontrar espaço num time com tantos craques. Voltou para o San Lorenzo, onde fez mais quatro partidas antes de encerrar a carreira.
Para homenagear o já falecido Pontoni, o departamento de marketing da Portuguesa pretende, até o fim deste mês, presentear o Papa Francisco com a camisa rubro-verde. Às costas do uniforme, serão gravados o número 10 e os nomes de Pontoni e do Pontífice. Num momento em que a Lusa luta para sair da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, toda ajuda dos céus será bem-vinda.