O blog São Paulo para Curiosos está publicando uma série de posts com pontos de interesse futebolístico espalhados pela cidade. Desta vez, saiba onde fica uma homenagem ao presidente corintiano Vicente Matheus, conheça o único estádio da cidade que leva o nome de um uruguaio e descubra o que o Monumento Duque de Caxias tem a ver com o futebol.

 

Monumento Duque de Caxias

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Localizado no bairro de Campos Elísios, na região central da cidade, o monumento de 48 metros de altura é uma estátua de bronze platinado com pedestal de granito, que retrata as batalhas do Duque de Caxias. O que ela tem a ver com o futebol? Para angariar fundos para sua construção, uma série de ações foi tomada, entre elas a realização de uma partida amistosa entre Corinthians e Palestra Itália, realizada em 21 de julho de 1940, no Pacaembu. O jogo terminou empatado (1 x 1) e a estátua só foi inaugurada em 25 de agosto de 1960.

Praça Princesa Isabel, s/nº, Campos Elísios

 

Homenagem a ex-presidente corintiano

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No bairro da Mooca, na Zona Leste, uma praça localizada entre o Viaduto Bresser e a Avenida Alcântara Machado reúne 17 escudos de times de futebol e um busto de Vicente Matheus, espanhol que presidiu o Corinthians por oito mandatos, de 1959 a 1961, 1972 a 1981 e de 1987 a 1991. O folclórico dirigente ficou marcado pelas grandes contratações e pelas frases curiosas, além dos títulos do Paulistão de 1977, que acabou com um jejum de 23 anos, e do primeiro Brasileirão do timão, em 1990.

Praça Vicente Matheus, s/nº, Mooca

Estádio Nicolau Alayon

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O estádio do Nacional Atlético Clube, antigo São Paulo Railway Athletic Club, também é conhecido como Comendador Souza, por estar localizado na rua de mesmo nome, no bairro da Barra Funda. É o único estádio no Brasil a homenagear um estrangeiro, o uruguaio Nicolau Alayon, que por muitos anos presidiu o Nacional Atlético Clube. Com capacidade para 9.650 torcedores, o estádio começou a ser construído em 1937 e foi inaugurado em 14 de maio de 1938. Atualmente, é utilizado pelo Nacional, na segunda divisão paulista, e pelo Audax, que ocupa a série A2 do campeonato estadual.

Rua Comendador Souza, 348, Barra Funda
Tel. 3611-2199

 

Sede social de festa do São Paulo da Floresta

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O São Paulo da Floresta adquiriu o pequeno palacete conhecido como Trocadero, localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, esquina com a Praça Ramos de Azevedo, no centro da cidade, em 1934, assumindo uma dívida de 190 contos de réis, valor altíssimo para a época. A compra serviu como desculpa para uma briga política interna entre os dirigentes, que culminou na extinção do clube em maio de 1935. O Palácio do Trocadero passou por várias mãos e hoje abriga uma loja da rede de papelarias Kalunga.

Rua Conselheiro Crispiniano com Praça Ramos de Azevedo, centro

 

Estádio Professor Nami Jafet

Ypiranga

O estádio do Clube Atlético Ypiranga, de capacidade de apenas 3.000 pessoas, foi inaugurado em 1º de maio de 1932 com a partida Ypiranga 3 x 0 São Bento. Originalmente, a entrada no estádio ficava na Rua dos Ituanos, mas, depois de uma reforma, passou para a Rua dos Sorocabanos. Em 10 de dezembro de 1950, aconteceu a última partida no local, em que o Ypiranga venceu o Juventus por 2 x 1. O estádio foi demolido e a família Jafet vendeu o terreno para a construção de uma fábrica.

Rua dos Ituanos / Rua dos Sorocabanos, Ipiranga

 

Primeira sede do Clube Atlético Juventus (ou Cotonifício Rodolfo Crespi F.C.) 

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Em 20 de abril de 1924, foi fundado o Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube, nascido da fusão de dois clubes de várzea do bairro da Mooca: o Extra São Paulo F.C. e o Cavaleiro Crespi F.C. Sua primeira sede foi uma pequena sala na Rua dos Trilhos, 42, na Mooca. Em 19 de fevereiro de 1930, a diretoria do Cotonifício decidiu mudar o nome do clube para Clube Atlético Juventus.

Rua dos Trilhos, 42, Mooca

 

O primeiro estádio de futebol iluminado da história

Jogo com iluminação de bonde

Em 23 de junho de 1923, realizou-se o primeiro jogo de futebol noturno com luz elétrica da história, no campo da Rua Glicério, no centro. A ideia foi de Severino Rômulo, então dono da Light. Os próprios jogadores instalaram os projetores nas laterais do campo, em cada uma das extremidades. A partida amistosa acabou com a derrota da Sociedade Esportiva Linhas e Cabos, clube dos funcionários da Light, para a Associação Atlética República, por 2 x 0. No mesmo campo, em 1926, os dois times repetiram o confronto, numa noite de luar. Dessa vez, além dos refletores, contaram com a ajuda de faróis de bondes estrategicamente localizados à beira do campo.

Rua Glicério, centro

 

Campo do Jardim América

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Com a indenização da desapropriação do velódromo, o Paulistano comprou um terreno no Jardim América, onde atualmente fica a sede do clube. Lá, foi construído um estádio com arquibancadas para até 2.000 torcedores, e capacidade total para 15.000 pessoas, inaugurado em 29 de dezembro de 1917. Em 1929, o clube extinguiu seu departamento de futebol e o campo passou a ser usado pelos sócios. O estádio foi demolido em 1950, permitindo a ampliação do terreno do clube social.

Clube Paulistano
Rua Honduras, 1400, Jardim América
Tel. 3065-2000
Segunda a sexta, das 9h às 18h