Mesmo gostando do trabalho de selecionar modelos para campanhas comerciais, a ex-publicitária Kica de Castro alimentava o sonho de ser fotógrafa. Estávamos em 2000 quando ela largou o emprego e começou a fotografar eventos corporativos, casamentos, festas e batizados. Mas a vida dela mudaria de verdade em 2002, ao ler um classificado com uma oferta de emprego para fotógrafo. A empresa era um centro de reabilitação para pessoas com deficiência. O trabalho? Fotografar a evolução dos pacientes depois dos tratamentos, das terapias e das cirurgias. “As fotografias eram importantes para os médicos”, lembra Kica. “As pessoas, porém, eram chamadas pelos números do prontuário. Andavam cabisbaixas, nunca respondiam meu bom dia”.

Kica de Castro (esquerda), ao lado da modelo Priscila Menucci, numa homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Depois de conversar com uma amiga, a psicóloga Patrícia Pimentel, que também trabalhava no centro de reabilitação, Kica optou por mudar seu método de trabalho: “No dia seguinte, comprei revistas, maquiagens e brinquedos para tentar descontrair o ambiente”, lembra. “O resultado foi bom. Os pacientes ficaram mais felizes, começaram a sorrir, conversar e a responder meus cumprimentos”.
Em 2004, alguns pacientes arriscaram pedir poses fora do padrão determinado pelos médicos. Kica utilizava a estrutura do centro, depois do horário de expediente, para realizar essas vontades. “Todos ficavam surpresos com o resultado do material”, conta. “Passei a chamá-los de modelos”.
Incentivados pela ex-publicitária e motivados pelos resultados das fotos, esses pacientes foram até agências de modelo profissionais para procurar trabalhos publicitários. Todos levaram sonoros “não” na cara. Ninguém conseguiu fazer nenhuma campanha. O resultado, no entanto, inspirou Kica a pensar em abrir uma agência especializada em modelos deficientes”. A fotógrafa deixou do hospital em 2006 para inaugurar o novo negócio. No início, a agência contava com apenas cinco modelos no seu casting. “Tive que ouvir muitas críticas”, afirma Kica. “Diziam que ninguém enxerga deficiente com beleza. De fato, o primeiro passo foi convencer os modelos deficientes que eles eram capazes e bonitos”.
Hoje, Kica conta com 81 modelos, todos deficientes. Além de São Paulo, a agência já realizou trabalhos em Goiânia, Salvador e Rio de Janeiro. “Beleza e deficiente não são palavras opostas”, acredita. Todos os anos, a fotógrafa realiza a “Semana da Beleza” para descobrir novos modelos. A participação é gratuita e o número de vagas, limitado. “O objetivo é o resgate da beleza como motivação para impulsionar a autoestima e ajudá-los a encontrar um caminho”, finaliza Kica.
- Foto da modelo Carolina Vieira
Serviço:
Agência Kica de Castro
Tel. (11) 98131-0154
www.kicadecastro.com.br
Um trabalho maravilhoso de equipe, modelos e fotógrafa.
OTIMO TRABALHO!!!!!!!!!!!!!!
oi! meu nome é debora primeiramente quero te parabenizar pelo seu excelente trabalho, sou portadora de deficiencia e gostaria de saber se vc kika de castro tem facebook? obrigado
Kika Parabéns pelo seu trabalho muito lindo, gostaria de saber se vc tb trabalho com criança especiais É como faço pra entrar em contato , como funciona o procedimento.
Bem, eu gostaria de saber como faço para me candidatar visto que já tentei uma vez, porém não tive a recepção que esperava.
Qual o padrão e perfil? Até que idade? Qual a etnia é aceita? Entre outras.
Olá, como faço pra conhecer a agência? Tb sou deficiente e adoraria conhecer a agência.
Gostaria de saber como eu faço para ser modelo
Olá!
Me chamo Márcia, tenho 49 anos, estou no estilo plus size e queria ver se posso fazer parte da equipe, pesquisando vi que vocês são focados em PNE e como eu tenho uma, devido uma pancada que minha mãe recebeu na barriga quando estava grávida, acabei nascendo com o meu pé esquerdo torto, onde foi feito uma cirurgia quando eu tinha 11 meses de vida e devido a cirurgia, fiquei com gesso na perna esquerda por 9 meses e isso fez com que a direita desenvolvesse normalmente e a esquerda atrofiou. Por isso meu pé esquerdo é menor e a perna direita mais final.
Cresci com muita vergonha disso, usei mais roupas longas e calças porque as pessoas ficavam perguntado o porque era assim.
Mas devido ao meu peso em excesso, também sofri comentários que quase me levaram a depressão.
Hoje resolvi me aceitar e trabalhar a minha imagem, para ser motivação para outras pessoas, pois o ser humano é bem cruel quando quer ferir com palavras.
Será que tem a possibilidade de fazer parte?
Att,
Márcia de Almeida Ferraz
Contatos: ( 61 ) 98139 – 6568
( 11 ) 98767 – 7498