Desde 22 de dezembro de 2011, ruas e rodovias brasileiras não são mais obrigadas a ter placas alertando sobre a presença de radares fixos e móveis. A resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) acabou com uma decisão em vigor desde 2008 (a obrigatoriedade foi suspensa entre 2003 e 2008). Para o órgão, a medida visa punir os maus motoristas, que só diminuem a velocidade diante das placas. Muitos paulistanos desconhecem essa decisão porque São Paulo ainda tem algumas placas antigas, contendo o aviso, como esta instalada na Avenida Europa.
A legislação determina que os radares estejam visíveis. Não podem ficar escondidos. Nas ruas, no entanto, não é todo motorista que percebe as câmeras no alto dos postes prateados, que se confundem com outros postes de sinalização.
Em março passado, o portal G1 revelou que seis postes na zona Oeste – todos com radares – foram pintados na calada da noite com tinta laranja para chamar a atenção dos motoristas. A CET chamou o ato de rebeldia de “vandalismo”. Prometeu pintar os postes novamente de prata. A ideia é que os postes continuem passando despercebidos. Na noite de sábado, entretanto, a reportagem flagrou um poste pintado de laranja na Dr. Arnaldo e outro na Alameda Santos.
Nesta semana, o blog São Paulo para Curiosos encontrou também uma nova intervenção de protesto na avenida Dr. Arnaldo, em Pinheiros, bem em frente ao postos de saúde, que funciona no quarteirão entre a Teodoro Sampaio e a Cardeal Arcoverde. Nas redondezas, ninguém sabe quem pintou a base de amarelo e escreveu a palavra “radar” num destes postes. A pintura serviria como um substituto da placa de sinalização.
A cidade tem quase 600 radares e aumentará esse número para 843 até o final do ano. Em 2008, eram apenas 42 radares fixos. No ano passado, foram aplicadas 10,6 milhões de multas em São Paulo.
Atualização em 02/07/2015: Postes de radar continuam sendo pintados na cidade para alertar motoristas. Este, na Avenida Rebouças, traz a palavra “Arrecadar”, uma forma de criticar também a sanha arrecadatória da Prefeitura.