Na semana passada, cerca de 60 clientes da cantina Nello’s, no bairro de Pinheiros, foram vítimas de um arrastão. Os bandidos levaram bolsas, carteiras e outros pertences, além de dinheiro do caixa do restaurante. Quase ao mesmo tempo, a 2 quilômetros dali, o restaurante Nicota anunciou a seus clientes que deixaria de servir jantares por causa de assaltos que aconteceram no ano passado.
Era a semana do Dia dos Namorados. O Nicota, que tem um ambiente intimista, propício para casais, estava lotado na sexta-feira, dia 10. Os clientes, então, foram abordados por assaltantes, que fugiram em menos de 5 minutos. No dia seguinte, outra surpresa: o mesmo restaurante foi alvo de outro arrastão, provavelmente pelo mesmo grupo de bandidos.
Depois dos assaltos, a clientela não voltou a fazer encontros românticos no Nicota. “Desde que aconteceram os arrastões, o movimento à noite caiu quase 90%”, diz Hellen Romero Queiroz, gerente do restaurante que pertence à chef Marisa Revoredo. Mesmo depois da contratação de seguranças particulares, houve noites em que nenhum freguês apareceu. “O custo para manter o funcionamento noturno já não compensava”.
A decisão foi tomada no final do ano passado. Desde o dia 8 de fevereiro, quando reabriu depois de uma reforma na cozinha, o Nicota só serve refeições em horário de almoço, das 12h às 15h (até 16h aos sábados e até às 17h aos domingos). “Teve gente que não gostou da mudança”, diz Hellen. “Mas não dava para continuar daquele jeito’. Para Hellen, o problema da região próxima ao Largo de Pinheiros não é falta de policiamento, mas o pouco movimento de carros e pedestres. A rua Costa Carvalho, onde está localizada a casa, é muito residencial – e um tanto escura. “Além disso, eles vêem uma oportunidade de ganho em nossos clientes, que são de classe média alta”, afirma.
A rua Ferreira de Araújo, a uma quadra de distância, é um pouco mais agitada: nela, funcionam templos religiosos e uma escola técnica. Desde que aconteceram os arrastões do ano passado no Nicota, os comerciantes da rua se associaram para contratar seguranças particulares. “Quando o problema aconteceu, não tínhamos nenhuma precaução de segurança”, diz Tiago Del Bianco, chef do restaurante Nou. Segundo Del Bianco, o movimento caiu no final de semana do Dia dos Namorados, mas não de maneira expressiva. “Foi só naquela época, tudo voltou ao normal em poucos dias”, afirma. Por causa disso, o chef não considerou a hipótese de fechar as portas no período noturno. No Le Repas, em frente ao Nou, a proprietária Fernanda Barros também diz não ter sentido queda na frequência dos clientes. “Como estamos com o serviço de segurança por toda a rua, o público tem menos receio”, diz.
Serviço:
Nicota
R. Costa Carvalho, 72, Pinheiros, 3031-6373
Nou
R. Ferreira de Araújo, 419, Pinheiros, 2609-6939
Le Repas
R. Ferreira de Araújo, 450, Pinheiros, 2366-9882
(Com colaboração de Míriam Castro)
Como Pinheirense, estou ficando cada dia mais chocada ( sou Pinheirense do tempo que a sua Virgilio de Carvalho Pinto chamava-se Borba Gato) e agora bem próximo do bairro foi a Lanchonete da Cidade. O Nello´s eu me senti ultrajada porque também sou do tempo da bonita camisa Fernandinho e estudei no Fernão e adoro o restaurante. É ciclico que os arrastões voltaram para a região ????? Socorro !!! Será que agora teremos que usar o delivery e nos trancar em casa ????
Desculpem a radicalidade, mas se a polícia matasse esses marginais ao invés de prendê-los para serem sustentado pelos nossos roubados impostos, teríamos muito mais segurança. Aqueles que deveriam fazer as leis para o povo, fazem as leis para os marginais, então eles decretam a nossa pena de morte porque sabem da impunidade.
Assim caminha o futuro desse país.. Quem é honesto se ferra, obrigado a fechar seus negócios e ficar preso em casa. E a bandidada cada vez mais solta e fazendo a festa. Tudo isso pela incapacidade do Estado de garantir um fundamento básico: segurança. Enquanto isso, continuamos tendo nossos bolsos estuprados com o festival de impostos que somos obrigados a pagar para bancar regalia de políticos. Uma beleza!
O problema são essas mulheres que não sabem fechar a perna e ficam parindo bandido e do governo que, além de não faz vazectomia e ligadura de trompas nos pobres, ainda oferece o bolsa esmola que, na prática, estimula as famílias que não tem condições nem de se manter sem esse dinheiro, a trazer mais indivíduos para o mundo. Infelizmente, tenho que ser radical, pois se não for assim nada vai mudar e só vai tender a piorar. Não estou dizendo que todo pobre vai virar bandido mas existe um conjunto de fatores, dos quais nossos governantes não podem se eximir de culpa, e uma certa complexão do meio em que essas pessoas vivem e convivem com a marginalidade que infelizmente, flerta com a inocência e falta de esperanças dos filhos e filhas de gente honesta e trabalhadora e que são encaminhados para caminhos tortuosos e na grande maioria, sem volta.
Concordo com o comentario, em genero, numero e grau!
Nosso problema eh que ninguem admite que as mudancas devem ser feitas onde o mal comeca, ou seja,PAREM DE GERAR MAIS FILHOS DE PESSOAS QUE SEQUER TEM CONDICOES DE CUIDAR DELAS MESMAS, mantenha a igreja cuidando soh da feh, nao de politica de planejamento familiar, que deixemos de ser cinicos e de imaginar que existe solucao facil para esse problema, corte-se o mal pela raiz, de pensar que um medico do SUS foi punido por laquear as trompas de uma mulher que paria seu decimo filho, sem sequer poder ter um!!!!PAIS RIDICULO!!!
Enquanto as pessoas continuarem de olho no seu próprio umbigo e não se atentarem aos problemas sociais que acontecem no restante menos privilegiado da cidade, essas coisas infelizmente continuarão acontecendo. Quanto mais separação, mais violência. Vide o Morumbi onde os ricos vivem dentro de fortalezas com medo dos pobres. E de que adianta? Entram na casa pela porta da frente, os fazem reféns e ninguém vê o que acontece de tão isolada que é a casa e a vida dessas pessoas. Se a cidade não for de todos, não vai ser de ninguém.
De qual problema social, exatamente, você está falando? Você acha que esses ladrões roubam para se alimentar? Eles roubam para ostentar. O problema social, a meu ver, é essa relativização da culpa que você está fazendo.