A goianiense Adriana Lira mudou-se para São Paulo há apenas um ano e, na mala, trouxe sua empresa de doces para festas e casamentos. A Dona Doceira irá abrir uma loja na Rua Tabapuã, no Itaim-Bibi, agora em março. “Estamos fazendo ajustes na decoração”, explica Adrina. “Minha ideia é trazer um pouquinho do espírito hospedeiro goiano. É para ser uma casa que recebe pessoas”.
Abrir uma loja de rua não estava nos planos de Adriana para tão já. Talvez daqui a dois anos, imaginava. Mas a oportunidade apareceu. Adriana saiu de uma cozinha compartilhada com uma amiga para uma só sua. Grande demais para ser só uma cozinha, o lugar ganhou espaço para receber clientes. “O mercado reagiu bem aqui em São Paulo e acredito que a minha doceria se diferenciará das outras”, aposta Adriana.
A Dona Doceira já trabalha em Goiânia com encomendas há cinco anos e tem uma demanda de 8 mil docinhos por mês. Ela usa frutas do Cerrado em algumas criações, como baru, pequi e araruta. Para chegar aos formatos atuais, Adriana pesquisou técnicas e processos em livros antigos, como os da poetisa goiana Cora Coralina, uma doceira de mão-cheia. As flores de coco – trabalhadas com fitas de coco, cozidas em água de coco ou na polpa de fruta – são o carro-chefe. A mini flor de coco tem o tamanho de um brigadeiro e 6 reais.
Para se tornar um ícone da confeitaria goiana, o Limãozinho Galego passa por um processo de 8 dias em água e calda para perder o amargo e o azedo. Depois ele é recheado com doce de leite e canela. Além do tradicional, Adriana desenvolveu outros sete recheios.
O Pastelinho de Goyaz é uma releitura goiana do pastelzinho de Belém e sua receita existe há cerca de 180 anos. “Os doces que eu faço existem desde sempre em Goiás e são tradição de família”, afirma Adriana. “O que eu fiz foi refiná-los, tornar a forma e a apresentação atraentes para mesas de festas e casamentos”.
Serviço:
Dona Doceira
Rua Tabapuã, 833 (dentro de uma vila), Itaim-Bibi
Tel.: 2157-6114 e 99227-7361