A Jundiá Sorvetes se prepara para abrir uma loja-conceito no coração dos Jardins. Ela está sendo montada na esquina da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, onde antes funcionava a paleteria mexicana Los Paleteros, que teve vida curta. “A previsão de inauguração é para o final de novembro”, avisa Graziela Brumatti, coordenadora de marketing da empresa. Essa inauguração já abre as comemorações dos 40 anos da marca em 2017. Sinaliza também uma estratégia da Jundiá de entrar mais forte nas capitais do país. O ponto escolhido não poderia ser mais desafiador. Do outro lado da rua, a Jundiá terá a concorrência da sorveteria Diletto. “Não encaramos a Diletto como concorrente”, afirma Graziela. “Nosso conceito será diferente e eles trabalham com produtos muito mais caros”. Ela conta que a Jundiá terá ali uma loja de sorvetes, não uma sorveteria. O cliente poderá tomar um picolé na hora, mas não uma casquinha. Os sorvetes serão vendidos em copos e potes. “A loja terá a cara dos Jardins, mas nosso diferencial será o preço”, avisa. “Vamos mostrar que temos um sorvete de qualidade com preço acessível”.

A loja será inaugurada na esquina da Lorena com a Consolação, onde antes funcionava uma paleteria mexicana
A Jundiá nasceu em 1977. Waldomiro Bergamini comprou uma pequena sorveteria de Jundiaí e deu início ao negócio. Waldomiro está no conselho de administração da empresa, comandada hoje por seus dois filhos, César e Sérgio. “Estamos mantendo as novidades em segredo”, desconversou César Bergamini, diretor executivo da empresa, na saída da obra na manhã de hoje. Certo, porém, é que caberá a ele comandar mais um passo ousado do empreendimento que foi abraçado pela cidade, situada a 55 quilômetros da capital. Hoje, a primeira fábrica, na Rua da Várzea, no bairro de Agapeama, está desativada, mas no prédio ainda funciona a Casa do Sorvete Jundiá.
Em 2013, a Jundiá inaugurou uma nova fábrica, numa área de 25 mil metros quadrados, na vizinha Itupeva, a 19 quilômetros de Jundiaí. Os 400 funcionários produzem e distribuem diariamente 150 mil de sorvetes de massa e picolés para atender 25 000 pontos de venda. Mas os planos são de aumentar esse número para 40 000. Como sinônimo de um produto popular, de baixo custo, a fábrica de Bergamini fez sua fama e começou a se espalhar por todo o interior de São Paulo e do Rio de Janeiro. Hoje ocupa a terceira posição nacional na venda de sorvetes, atrás de Kibon e Nestlé. O desafio agora é mostrar que a abertura da loja nos Jardins para iniciar a conquista da capital não será uma fria.