A edição desta semana do Curiocidade no caderno “Divirta-se” traz uma reportagem sobre as sobremesas com preços nada doces do Valrhona Chocolat et Lounge. Se você vendida por quilo, uma tortinha à base de amêndoas, coberta com ganache de chocolate amargo, importado de Madagascar, custaria R$ 385. Os doces dito sofisticados estão com os preços nas alturas, muitos beirando a casa dos R$ 30. E, assim como na Valrhona, cada restaurante tem sua justificativa para cobrar tão alto na hora da sobremesa.
Os mesmos chocolates da Valrhona encarecem o menu de sobremesas do restaurante Emiliano. A opção mais cara é uma interpretação de chocolates da marca. Sai por R$ 32, com seis pequenas porções, que vão do mais doce (mousse de chocolate branco) ao mais amargo (petit gateau feito com chocolate 72% cacau). Outras sobremesas da casa são tortino quente de banana com sorvete de mel de abelha da Amazônia e coulis de açaí (R$ 28) e brioche tostado com amêndoas, mascarpone, pêssego e laranja (R$ 26). Há também o contraste de chocolate Caramelia e Macaé com sorvete de cumaru (R$ 28), que leva caramelo salgado na receita. “Os preços não poderiam ser mais baixos por causa da qualidade da matéria-prima utilizada”, defende o chef Arnor Porto. “É tudo mundo elaborado”.
Outro restaurante com preços salgados para as sobremesas é o La Mar. A degustação de sobremesas peruanas (picarones, arroz com leche e suspiro limeño), a mais pedida da casa, custa R$ 28. “É um preço justíssimo”, afirma o chef Fabio Barbosa. “Todos os chefs precisaram viajar para o Peru para aprender as receitas”. A casa também serve a degustação de lúcuma (R$ 26), com tiramisú, suspiro limeño e sorvete da fruta.
Já no Clos de Tapas, a sobremesa mais sofisticada é o Gold Label & Chocolate, harmonizado com uísque. O quitute, que sai por R$ 29, é feito com financier de amêndoas, sorvete de maçã assada, terra de ervas, gelatina de Gold Label, chocolate Valrhona, farofa de café e crocante de maçã. A chef Ligia Karazawa explica que o que deixa a sobremesa mais cara é o uísque. O cliente pode pedir a sobremesa sem esse ingrediente, diminuindo o preço para R$ 17. “Mas os clientes preferem a com uísque”, afirma Lígia. “É uma hamonização diferente, fora do comum. Pelo fato de ser incomum, as pessoas estão mais abertas a experimentar”.
Serviço:
Valrhona Chocolat, Al. Lorena, 1.818, Jardim Paulista, 3068-8899;
Emiliano, Rua Oscar Freire, 384, Jardim Paulista, 3068-4390;
La Mar, R. Tabapuã, 1.410, Itaim Bibi, 3073-1213.
Clos de Tapas, Rua Domingos Fernandes, 548, Moema, 3045-2291
(Com colaboração de Karina Trevizan)
Gostaria de saber, estão usando Bell`s brasileiro ou Royal Salute da Chivas.
Comer em São Paulo é caro. Na maioria das vezes pelo valor que se paga não se tem qualidade correspondente. E as sobremesas são um capítulo a parte… nomes rebuscados que escondem receitas nem sempre tão elaboradas assim.
Ah… e as pizzarias chiques que cobram R$60,00 por uma redonda?
Mas como é “cool” comer em locais da moda e colocar no facebook para todo mundo ver, terminamos pagando o que pedem. Compramos status, não comida… somos muito modernos.
Trabalho na região do Itaim com a Vila Olimpia e tenho dificuldades para almoçar na região que é carente por restaurantes que cobram R$ 20,00 por uma salada com fatias de frango e croutons….
Infelizmente as refeições estão muito caras e muitas vezes não recebemos um atendimento a altura……fora o atendimento que na maioria das vezes é péssimo!!
A reportagem não respondeu a pergunta da chamada da matéria… Por que as sobremesas custam tão caro? Acredito que custam caro porque os restaurantes escondem o preço dos clientes. O mesmo acontece com as bebidas. Normalmente, você pede as bebidas sem olhar atentamente o cardápio.