A esta altura, a notícia não é tão nova assim. Li uma reportagem da agência de notícias Bloomberg reproduzida no site da revista Exame e também no site da Folha de S. Paulo. O McDonald’s está servindo arroz e feijão diariamente. A rede de fast-food mantém a notícia em segredo, mas a dupla brasileiríssima está lá para quem quiser provar. É a mesma comida servida para os funcionários. No balcão, o prato deve ser pedido como “executivo” ou “break” – muito arroz, feijão, dois hambúrgueres fininhos, farofa e uma saladinha com alface e tomate. Um repórter do site de Veja S. Paulo fez o teste na quarta-feira passada na lanchonete do MorumbiShopping e disse que teve dificuldade em comprar a refeição. Só conseguiu com a autorização do gerente. Resolvi fazer o meu próprio teste.

Ontem, na hora do almoço, fui ao McDonald’s da Avenida Rebouças com Henrique Schaumann. As filas eram enormes e achei que iria tumultuar a operação pedindo algo diferente. Mas fui em frente. Estava com uma cópia da reportagem da Bloomberg no bolso, caso tivesse que pedir também ajuda da gerência. Mas não. Quando perguntei pelo executivo, o caixa disse que tinha – embora o caixa ao lado, ao ouvir minha pergunta, tenha dito que não. E descobri que não tinha sido o único. Perto de mim, outro cliente também tinha acabado de pedir. O prato demorou bem mais que os sanduíches dos dois rapazes que estavam atrás de mim na fila. E quando ele chegou, quentinho, com a proteção plástica toda embaçada, foi engraçado ver a reação das pessoas.

arroz feijão mc

– Olha! Tem arroz com feijão no McDonald’s – uma moça arregalou os olhos.
O prato custou 23 reais. A reportagem da Bloomberg disse que uma maçã e um copo de água ou suco acompanhavam a refeição, mas o meu veio sem as duas. O arroz estava completamente insosso. Tive que recorrer a um sachêzinho de sal. Também faltou aquele temperinho caseiro no feijão. O hambúrguer é o mesmo hambúrguer servido nos lanches e dispensa comentários. Ainda bem que pedi uma porçãozinho pequena de fritas para dar um up na refeição. Valeu apenas para matar a curiosidade.