O quarteirão mais doce de Pinheiros terá a sua primeira baixa. A primeira doceria a se instalar naquele pedaço, em 2011, está de saída. Mariana Araújo, 34 anos, chef e proprietária do Faire La Bombe, se despede da Rua dos Pinheiros. “Estou com meu filho pequeno e quero me dedicar à outros projetos, como cinema por exemplo, que eu sou formada”, explica Mariana. A faixa “Passa-se o ponto” foi colocada esta semana um pouco acima dos toldos que cobrem as mesas e as cadeiras do lado de fora da loja. “Estamos atendendo normalmente até que alguém se interesse”, avisa Marcelo Rodrigues, 28 anos, funcionário do La Bombe há dois anos e meio.

0202

A faixa colocada na frente da loja esta semana anuncia o fim de uma história de 4 anos na Rua dos Pinheiros

Enquanto foi novidade, a pâtisserie vivia cheia. Ganhou até uma filial na Rua Pedroso Alvarenga, no Itaim-Bibi, que também fechou as portas em outubro do ano passado, depois de um ano e três meses de funcionamento. As pessoas pagam de 4 a 9 reais para provar um dos 13 tipos de bombas recheadas. Nos últimos tempos, porém, Mariana teve que fazer uma série de adaptações. Passou a oferecer café da manhã e bombas salgadas.

531829_683872794959845_1889700859_n

A unidade do Itaim-Bibi, inaugurada em 2013, fechou as portas primeiro

Mesmo não mantendo nenhum tipo de relação com Mariana, Bia Forte, proprietária da Brigadeiro Doceria & Café, que se instalou no mês de fevereiro bem em frente à La Bombe, acredita ter um pouco de culpa na saída da concorrente. “Acho que a grande procura pela nossa loja acabou interferindo no faturamento da La Bombe”, afirma.

A exemplo da La Bombe, outras renomadas confeitarias fecharam a porta na cidade nos últimos meses, como Mara Mello, The Cake is on The Table e Bendito Quindim. Mas todas elas continuam fazendo vendas online. Já Mariana não pretende continuar com as vendas nem por encomenda. “Minha cozinha e todo meu material vão ficar aqui, não tenho como continuar”, diz Mariana, que não quis dar mais detalhes sobre o fechamento das casas.