O crepe é um velho conhecido dos paulistanos. Mas sempre nas versões francesa e suíça. Na Liberdade, os apreciadores da iguaria encontram também o crepe japonês. O crepe doce, em formato de cone, foi criado em Tóquio no ano de 1977. Desembarcou por aqui em setembro de 2011 com a inauguração do Hachi Crepe & Café – primeiro no Shopping Liberdade e, há um ano, no número 586 da Rua Galvão Bueno. “Nosso crepe tem uma massa mais macia e, como tudo na culinária japonesa, uma bela apresentação”, vibra Miriam Ishikava, 34 anos, a proprietária da lanchonete. As deliciosas imagens renderam inúmeros seguidores no Instagram, que ajudaram a compartilhar a fama do lugar.

O crepe japonês chegou a São Paulo em 2011 e tem o formato de um temaki
Miriam garante que a ideia surgiu meio por acaso. “Estava em um jantar entre amigos e eles comentaram o desejo de abrir um negócio”, lembra. “Sugeri o crepe japonês, que costumava comer no Japão”. Miriam acabou convidada para a sociedade com os dois amigos. Hoje, ela administra sozinha o espaço de 40 m².

A Hachi está instalada num espaço de 40 m² na Rua Galvão Bueno
Desde o início das atividades, a casa oferece também sanduíches e crepes no estilo francês. Os lanches serão retirados do cardápio em breve. “Aos poucos, estamos ganhando um novo público e os sanduíches não têm mais nada a ver com a nossa identidade”, diz. Miriam conta que se rendeu ao crepe francês para atender o costume do paulistano de comer com garfo e faca. “O brasileiro não está habituado a comer com a mão”, lamenta. “Não gosta de ficar com as mãos sujas, acaba estressando”.
A principal diferença está nos formatos. Na receita suíça, o crepe fica crocante e preso a um palito de churrasco, enquanto o francês é dobrado em formato de quadrado ou triângulo e vem servido no prato. O crepe japonês lembra um temaki.

Miriam serve também o crepe francês, que é dobrado e servido no prado. Este é o Prestígio, crepe recheado de chocolate com coco
No Japão, uma creperia oferece uma variedade de 100 recheios. A Hachi tem apenas 30. Mas, para não ficar para trás, Miriam criou o “Crepe Especial”, que custa de 11 reais. O consumidor pode fazer a mistura que quiser com todos os ingredientes – frutas, coberturas, confeitos, sorvetes, Nutella, Ovomaltine, confeti, raspas de chocolate. Isso dá um resultado perturbador para os indecisos: são 26.880 combinações!