O 24º encontro de colecionadores do Clube HotWheels Brasil (CHWB) será realizado amanhã, dia 14, no Centro Comercial Jabaquara, na Rua dos Buritis, 54, a 500 metros da Estação de Metrô Jabaquara, entre 9h e 17h. Embora seja organizado pelos amantes de HotWheels, os colecionadores de Matchbox (marca que pertence a Mattel, fabricante do HW), Greenlight, M2 e Siku também serão benvindos. “O pessoal até expõe os carrinhos, mas o objetivo de quase todo mundo é conseguir os carrinhos que faltam na coleção”, conta o vendedor autônomo Paulo Francisco Vieira, 48 anos, dono de uma coleção de 3 500 miniaturas, iniciada em 1990.
O bancário Mauro Júnior, 41 anos, iniciou a coleção em 2006, influenciado pelo nascimento do filho. Hoje já possui 1200 miniaturas. Há três anos, ele chegou a retirar todos os carrinhos da prateleira de uma loja de brinquedos até encontrar o modelo que tanto queria: uma Brasília. Ele também relata que muitos colecionadores, tendo conhecimento da data em que novos carregamentos chegarão às lojas, esperam o estabelecimento abrir para escolher os melhores carrinhos. Essas pérolas – como o Batmóvel ou a Mistery Machine, do desenho Scooby Doo – que custam os mesmos 6 reais que os outros, acabam sendo revendidos por 15, 20 e até 30 reais em feiras como essa de sábado.
Quem também já fez loucuras por um carrinho foi o protético Fábio Morishige, de 36 anos. “Certa vez, eu viajei até o Rio Grande do Sul só para comprar a miniatura de uma Brasília”, conta ele, que contabiliza 5000 carrinhos na coleção e participa de encontros de colecionadores pelo menos duas vezes por mês. Já o técnico em informática Roger Canaes, que se apaixonou por carrinhos na década de 70, quando seu pai comprava as miniaturas da Matchbox no exterior, afirma que ficou sabendo de fãs de miniaturas que pagaram 500 dólares por uma das 16 miniaturas da primeira série de HotWheels, de 1968.
Outra característica que aumenta o preço de um modelo da marca é a rodinha de borracha. “Isso só encontrado em um a cada 1 mil exemplares”, diz Mauro Junior, que está sempre de olho no site que a Mattel criou para os colecionadores espalhados em todo o mundo. A embalagem também conta. “Se a miniatura estiver embalada, ela vale muito mais”, explica. “Na minha coleção, a maioria dos exemplares está fora da caixa. Não ligo para isso”. Paulo Francisco concorda: “Não costumo deixar minhas miniaturas dentro da caixa, pois não tenho interesse de vendê-las, já que se trata de uma coleção. Só deixo na embalagem aquelas que eu irei revender para “bancar” o meu hobby”. Paulo também trabalha na customização de carrinhos (o serviço dele está disponível no Mercado Livre e no Facebook) e, a cada evento, vende em média 15 miniaturas personalizadas – de ônibus pintados com símbolos dos times de futebol até carros como Opala, Brasília e Saveiro, com preços que variam entre 70 e 120 reais. Até hoje, o trabalho já lhe rendeu 10 prêmios, sete conquistados no Brasil e três nos Estados Unidos.A brincadeira está longe de estacionar. Em 2013, a Mattel lançou 250 modelos diferentes. Como podem ter cores diferentes e alguns detalhes exclusivos, o número de miniaturas dessa safra chega a 485. A empresa já começa a divulgar imagens de outros 250 modelos que serão lançados no ano que vem.