O Museu Paulista (USP) lançou esta semana uma ferramenta eletrônica inédita entre os museus do Brasil: um hotsite interativo que expõe detalhes de uma peça de seu acervo e de uma réplica feita dela. Essa, aliás, é outra experiência inédita. Pesquisadores do museu fizeram uma réplica de uma peça de roupa do final do século 19, que está tão desgastada que sequer pode ser exposta. É um vestido preto que pertenceu a Anna Carolina de Mello Oliveira Arruda Botelho, a Condessa do Pinhal.
Segundo Teresa Cristina Toledo de Paula, que é conservadora de têxteis do Museu Paulista e coordenadora do trabalho, já foram produzidas replicagens de figurinos no país, mas nenhuma parecida com a que foi feita do vestido da condessa. “Nós nos preocupamos em fazer a roupa exatamente no mesmo padrão, com a mesma modelagem”, afirma.
O trabalhou começou em 2009. A ideia surgiu depois que descendentes da condessa pediram a peça original emprestada para expô-la na Casa do Pinhal, em São Carlos (SP) – fazenda onde a dona do vestido viveu. “A roupa original está muito frágil; o tecido, quebradiço, sem condições de ser exposto – nem no próprio Museu Paulista”, conta Teresa. A solução encontrada foi a produção de uma réplica-documento.
A produção do vestido
O processo demorou 15 meses. Começou com uma pesquisa histórica sobre a técnica de modelagem utilizada na peça original. Então, foi feito um protótipo na cor branca. “O preto é uma cor difícil de trabalhar, porque não dá para enxergar a costura e os bordados”, explica Teresa.
Depois, foi iniciada a etapa de construção do manequim e da silhueta da condessa. Mas os manequins encomendados não eram parecidos com o corpo da dona do vestido (os ombros tinham inclinação diferente e os bustos eram grandes demais). A solução foi consultar imagens de vestidos parecidos e fotografias da condessa.
Mas a maior dificuldade, segundo Teresa, foi com o tecido. O problema eram as pequenas formas ovais do tecido de lã natural. “Tecido de lã não se usa mais hoje. Tentamos fazer no tear, mas também não deu certo”, conta ela. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) fez uma análise e descobriu que o efeito havia sido conseguido através de uma técnica conhecida como Moiré. No entanto, não houve tempo para que a equipe do museu reproduzisse o tecido. Eles encontraram um tecido italiano muito semelhante à venda na cidade de Nova York. No entanto, ele era liso, sem o padrão das figuras ovais. Como o prazo era curto, foi usado assim mesmo.
A réplica do vestido já foi entregue aos descendentes da condessa e ficará exposta na Casa do Pinhal (que está ainda em fase de restauração). O site permite ver a peça em 3 dimensões (menu rotacionar). Também é possível aproximar as imagens com a ferramenta de zoom para conferir os detalhes (menu zoom). “A ideia surgiu dos sites que vendem automóveis, em que a pessoa pode ver todo o carro, por dentro e por fora”, diz ela. “Queríamos encontrar uma forma de fazer com que todos pudessem ver de perto, mesmo sem ir até a Casa do Pinhal”.
(Com colaboração de Karina Trevizan e imagens reproduzidas do site Projeto Replicar)
Desenhos do tecido atrapalhou a equipe? Não entenderam como foi feito o tecido? A designer Bia Cunha entendeu e fez um orçamento ao MUSEU, que desconsiderou por achar caro. Esta réplica do vestido da Condessa do Pinhal, não foi feito igual por uma questão de custo.
Em tempo- Bia Cunha é minha mulher e eu vi com esses olhos que a terra ha de comer, a amostra desse pano, que ela teceu em seu tear
Desenhos do tecido atrapalhou a equipe? Não entenderam como foi feito o tecido? A designer Bia Cunha entendeu e fez um orçamento ao MUSEU, que desconsiderou por achar caro. Esta réplica do vestido da Condessa do Pinhal, não foi feito igual por uma questão de custo.
Em tempo- Bia Cunha é minha mulher e eu vi com esses olhos que a terra ha de comer, a amostra desse pano, que ela teceu em seu tear
“(…)A equipe do museu então encontrou um tecido italiano muito semelhante à venda na cidade de Nova York. No entanto, ele era liso, sem o padrão das figuras ovais. Foi usado assim mesmo.”
A frase não está bem construída. Esse padrão das figuras ovais, não é nenhuma estampa ou desenho no tecido, como pode parecer, mas um RELEVO, obtido pelo modo em que foi confeccionado, na tecelagem, e sendo assim, não a semelhança, com o tecido original. Como trata-se de instituição cultural, um dos mais respeitáveis museus brasileiros, não deveriam ser poupados esforços e nem recursos, para obter-se uma réplica perfeita.
“(…)A equipe do museu então encontrou um tecido italiano muito semelhante à venda na cidade de Nova York. No entanto, ele era liso, sem o padrão das figuras ovais. Foi usado assim mesmo.”
A frase não está bem construída. Esse padrão das figuras ovais, não é nenhuma estampa ou desenho no tecido, como pode parecer, mas um RELEVO, obtido pelo modo em que foi confeccionado, na tecelagem, e sendo assim, não a semelhança, com o tecido original. Como trata-se de instituição cultural, um dos mais respeitáveis museus brasileiros, não deveriam ser poupados esforços e nem recursos, para obter-se uma réplica perfeita.
Me parece que a réplica do vestido engordou a condessa do Pinhal de uns bons quilos!
Me parece que a réplica do vestido engordou a condessa do Pinhal de uns bons quilos!
Infelizmente, a partir dos meus comentários foi alterado o texto BLOG.
ANTES: Não entenderam como foi feito o tecido.
DEPOIS: O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) fez uma análise e descobriu que o efeito havia sido conseguido através de uma técnica conhecida como Moiré.
Interessante que no tecido em lã do vestido da Condessa, não foi usada a técnica do Moiré.
Infelizmente, a partir dos meus comentários foi alterado o texto BLOG.
ANTES: Não entenderam como foi feito o tecido.
DEPOIS: O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) fez uma análise e descobriu que o efeito havia sido conseguido através de uma técnica conhecida como Moiré.
Interessante que no tecido em lã do vestido da Condessa, não foi usada a técnica do Moiré.
Olá, sou descendente da Condessa do Pinhal e fiquei muito feliz pela homenagem à memória da família e acima de tudo preservação da nossa história nacional. É de suma importância hoje em dia a valorização do patrimônio histórico e conscientização das futuras gerações da tamanha importância que tudo isso teve e continua tendo.
Olá, sou descendente da Condessa do Pinhal e fiquei muito feliz pela homenagem à memória da família e acima de tudo preservação da nossa história nacional. É de suma importância hoje em dia a valorização do patrimônio histórico e conscientização das futuras gerações da tamanha importância que tudo isso teve e continua tendo.
Projeto fantástico! Confesso que mesmo sendo aluna da USP desconhecia a existência desse setor do Museu Paulista.
Acredito que o Replicar tenha grande importância para o desenvolvimento de pesquisa em indumentária e para a preservasão histórica no Brasil.
Projeto fantástico! Confesso que mesmo sendo aluna da USP desconhecia a existência desse setor do Museu Paulista.
Acredito que o Replicar tenha grande importância para o desenvolvimento de pesquisa em indumentária e para a preservasão histórica no Brasil.
Tenho um tinteiro que pertenceu a Condessa do Pinhal,caso houver interesse está a venda.
Tenho um tinteiro que pertenceu a Condessa do Pinhal,caso houver interesse está a venda.