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No próximo dia 8, o Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta lança o livro que que leva o nome da instituição. A obra reúne fotos e informações de 100 dos 600 relógios que fazem parte do acervo. O museu fica dentro da empresa Dimep, que fabrica relógios de ponto. É comandada por Dimas de Melo Pimenta II, que herdou do pai a empresa e a paixão por ponteiros. Neste ano, a Dimep completa 75 anos. Para comemorar a data, Dimas II decidiu lançar o livro com uma tiragem inicial de 1.500 exemplares, que será distribuída gratuitamente a convidados na noite de lançamento.

O Museu do Relógio é o único do gênero na América Latina. Estão expostos relógios fabricados a partir do século XVII. O mais antigo é um exemplar de prata de bolso fabricado em 1620 na Alemanha. Tem apenas o ponteiro de horas, já que o de minutos só foi incorporado aos relógios a partir de 1670. Há também alguns modelos curiosos, como o despertador que já prepara o café e o relógio em formato de flor instalado em um vaso.

Relógio-de-bolso

O espaço foi fundando pelo professor e colecionador Dimas de Melo Pimenta. Ele começou sua coleção em 1950, com um relógio de bolso feito de prata comprado em Aparecida (SP). O acervo cresceu tanto que ele decidiu montar o museu, em 1954. O Blog do Curiocidade conversou sobre o lançamento com Dimas II, André Moura, historiador que ajudou a pesquisar dados para o livro, e Diego Scaglione, gerente de marketing da Dimep.

A que horas vai começar o lançamento?
Diego – Às 8 da noite.

Vai ser pontualmente às 8 da noite?
Diego – Pontualmente nesse horário.

Todos os relógios estão com o horário certo no museu?
Diego – Sim, e todos ajustados para o horário de verão.

Quanto tempo demorou para acertar todos os 600 relógios para o horário de verão? Quantas pessoas trabalham nisso?
Diego – Demoramos dois dias. São dois profissionais para isso. Eles fazem a manutenção do museu e nos ajudam a ajustar. Um ajusta o relógio atômico, que é o relógio mais preciso do mundo e precisa de atenção especial. O outro ajusta todos os demais.

Muitos relógios são de corda. Tem um funcionário que fica dando corda nos relógios todos os dias?
Diego – Não tem. Mas, todos os dias, o funcionário que cuida da manutenção entra no museu e dá uma revisada nos relógios.

Qual foi a parte mais difícil da produção do livro?
Dimas II – O levantamento da história de cada relógio.
André – Como historiador, procurei o significado e a importância de cada relógio para a época em que ele foi produzido.

Como foram escolhidos os 100 relógios que fariam parte do livro?
Dimas II – Entraram as peças mais importantes.
André – A intenção foi escolher uma variedade que mostrasse a importância dos relógios. Eram quase instrumentos que conferiam status. O museu não se caracteriza por ter as peças mais caras, mas conta a história do relógio como um item na própria sociedade.

Última pergunta: a que horas termina o evento?
Diego – A estimativa é que ele vai durar duas horas.

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Serviço:

Museu do Relógio Profº Dimas de Melo Pimenta
Av. Mofarrej, 840, Vila Leopoldina, 3646-4000.

(Com colaboração de Karina Trevizan e fotos de divulgação)