Na última segunda-feira, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) tombou a fachada do antigo Cine Belas Artes, na Rua da Consolação. No entanto, a decisão não obriga o proprietário do imóvel, Flávio Maluf, a reabrir o imóvel como um cinema. É bem possível que, mesmo com a restrição a mudança na fachada, seja inaugurada ali uma loja. Mas a boa notícia é que existe uma chance de que o Belas Artes seja reaberto em uma galeria na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros.

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Antiga fachada do Belas Artes. Foto: Ernesto Rodrigues/AE

No número 1.020 da Teodoro Sampaio, fica uma galeria com diversas lanchonetes, como uma Subway, e um estacionamento. Nos fundos dessa galeria, há um prédio residencial e um teatro. Ou melhor, o espaço que deveria ser ocupado por um teatro. Ele começou a ser construído em 2004, junto com o prédio do Centro Empresarial Pinheiros. Era para ser chamado de “Teatro Benedito”, mas não vingou.

O espaço está completamente inacabado, ainda é quase um galpão. De acordo com a construtora responsável pelo prédio, quem alugar o espaço será responsável por todas as reformas necessárias. Três empresas já sondaram o imóvel nos últimos meses. Um dos  interessados parece ser André Sturm, dono do Belas Artes. Funcionários da galeria da Teodoro Sampaio até usam a provável vinda do cinema como um atrativo para atrair possíveis novos lojistas.

André Sturm não nega a informação, mas diz que nada está acertado. O que o proprietário do Belas Artes confirma é a intenção de reabrir o cinema. “Estamos estudando três endereços possíveis em São Paulo”, afirma. O teatro em Pinheiros é um deles. “Precisamos conferir se os espaços são adequados em questão de espaço e acessibilidade.” A inauguração, afirma Sturm, deve ficar para o segundo semestre de 2013.

Na Teodoro Sampaio ou em qualquer um dos outros endereços possíveis (que Sturm não revela), o dono do Belas Artes acredita que o público continuará grande, mesmo longe do circuito de cinemas da região da Paulista. “O Belas Artes era feito de paredes e recheio, ou seja, de ambiente e programação. Isto não vai ser alterado apenas por mudarmos o endereço”, diz.

(Com colaboração de Míriam Castro)